quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Lions in the Street
Dogs in heat, rabid, foaming
A beast caged in the heart of a city
The body of his mother
Rotting in the summer ground.
He fled the town.
He went down South and crossed the border
Left the chaos and disorder
Back there over his shoulder.
One morning he awoke in a green hotel
With a strange creature groaning beside him.
Sweat oozed from its shiny skin.
Is everybody in?
The ceremony is about to begin.
sábado, 19 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Oscar Wilde
A vida da prisão faz-nos ver as pessoas e as coisas como realmente são. Por isso é que ela nos transforma em pedra. Só as pessoas lá fora é que são enganadas pelas ilusões duma vida em constante movimento. Giram com a vida e contribuem para a sua irrealidade. Nós, que estamos imóveis, vemos e sabemos.
Faça ou não esta carta bem a naturezas tacanhas e cérebros hécticos, fez-me bem a mim. ‘Limpei o seio de muita ganga perigosa.’ Não preciso de lhe lembrar que a mera expressão é para um artista a suprema e única feição da vida. Se não nos manifestamos, não vivemos. (...) Há quase dois anos que trago dentro de mim um peso crescente de amargor, de uma grande parte do qual me libertei agora. Do outro lado do muro da cadeia há umas pobres árvores de que estão agora a brotar botões de um verde quase gritante. Sei perfeitamente o que nelas se está a passar: estão procurando expressão.”
Isto foi incluído nas instruções acerca de uma carta que Oscar Wilde escreveu enquanto esteve preso.
Eu só tenho a dizer que até hoje sinto que falhei.(Perceberá quem tiver de perceber)
P.S.- Quanto à insinuação do Bilé de não ser saudável partilhar pensamentos comigo.... eu sou a prova viva disso!
sábado, 5 de dezembro de 2009
Retratos
E quis postar também porque o blog estava a revelar um padrão muito perigoso... os últimos posts são todos do Marco!! E toda a gente sabe que a partilhar pensamentos só com o Marco, ninguém fica saudável...eheh
Entretenham-se!
http://www.newyorker.com/online/multimedia/2009/12/07/091207_audioslideshow_platon
Diogo Vaz Pinto
domingo, 1 de novembro de 2009
Ah Simão Simao...
"(..)And through the clouds I see love shine
It keeps me warm as life grows colder
(...)
I wanna know what love is
I want you to show me
I wanna feel what love is
I know you can show me
(...)
I've got nowhere left to hide
It looks like love has finally found me
(...)"
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Lisboa, 26 de Outubro de 2009
(grego Khímaira, -as, Quimera, ser mitológico, de khímaira, -as, cabra jovem)
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
You Probably Couldn't See For The Lights But You Were Staring Right At Me
"Everybody's trying to crack the jokes and that to make you smile
Those that claim that they're not showing off are drowning in denial
But they're not half as bad as me, say anything and I'll agree
Cause when it comes to acting up, I'm sure I could write a book"
Arctic Monkeys
domingo, 11 de outubro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
Versatilidade de Putumayo
sábado, 12 de setembro de 2009
Crónicas de Viagem
Mas reparo que não sinto a mesma sensação de alívio de sempre quando o avião toca finalmente na pista; que à saída já não sorrio para as hospedeiras; que apanho o metro sem qualquer entusiasmo de rever a London Bridge e de comer a sandocha sentado nas margens do Thames; que caminho cabisbaixo pelas ruas do Soho e que nem sequer tenho vontade de ir até Convent Garden ver os artistas de rua.
Estou quase de volta. De volta aos mesmo sítios, às mesmas ruas, ao mesmo carro, aos mesmos problemazinhos profissionais, aos mesmos pensamentos, aos mesmos sonhos, aos mesmos sentimentos... a esta sensação de distância e de revolta que eu nunca entendi, às mesmas ansiedades, às mesmas desilusões. Estou de volta ao mesmo que deixei.
Esperança ingénua esta de achar que cinco semanas podiam mudar alguma coisa. Parece que adormeci e acordei no dia seguinte... e que tudo não passou de um sonho. E agora, não sei quanto tempo consigo manter-me acordado."
Mais do que as fotos de paisagens inacreditáveis, dos filmes de ondas perfeitas ou dos e-mails de pessoas que conheci, o extracto do mês de Março fez-me recordar aqueles momentos banais de sobrevivência, pequenas coisas do dia-a-dia de um viajante que acabam por ser a essência de qualquer viagem.
Estava lá a compra dos guias da Austrália e da Nova Zelândia, que encomendei directamente no site da Lonely Planet por não ter conseguido encontrar em nenhuma loja do Porto.
Estava o adaptador de tomadas, comprado já no aeroporto de Heathrow, que, noite sim noite não, utilizava para carregar as baterias da máquina digital.
Estava o quartinho modesto que encontrei no Kiwi International, em Auckland, pensando que tinha marcado pela net um sítio “mais seguro" para as duas primeiras noites na Nova Zelândia.
Estava a A2B Rentals e lembrei-me dos e-mails trocados com a Shannon até concretizarmos o aluguer do Toyota verde bisga e do barracão que encontrei quando o táxi me deixou à porta do depósito.
No Experience Taupo, o novíssimo "tourist office", marquei o rafting no Tongariro River e as duas noites no Tamara Backpacker Lodge, em Wanganui, um dos sítios mais acolhedores onde fiquei.
Na Cheapskates, também em Wanganui, comprei os calções, com bolso e cordel para prender as chaves do carro, com que surfei todos os dias na Austrália.
Estavam também as duas noites no Sunflower Backpacker, em New Plymouth, onde dormi antes de ser convidado a ficar em casa da Mahinekura, na pequena aldeia Maori de Pungarehu.
Estava o cash advance que tive que fazer ao balcão de um banco em Waitara, depois das máquinas terem embirrado com o meu cartão Electron durante dois dias.
E lá estavam as melhores noites no Harbour View Hotel, em Raglan, onde jantava tranquilamente take-away chinês e cerveja Golden na pequena varanda com vista para o centro.
Estavam as t-shirts e o kit de reparação de pranchas, que comprei na surfshop, depois de ter aterrado em cima de uma rocha ao entrar em Whale Bay.
Estava a Shell, em Auckland, onde atestei o depósito antes de devolver o carro, poucos minutos antes de parar num parque com vista para a pista do aeroporto e chorar, ao som de Jorge Palma, com um sentimento estranho de quem deixa alguma coisa para trás.
Estava a Qantas Airways, pelos 83 Euros do bilhete Sydney-Brisbane comprado pela Internet e pelo excesso de peso que as duas pranchas não conseguiram disfarçar.
Já na Austrália, estava a noite mais cara de toda a viagem, num dormitório de 4 camas que não valia nem metade, em West End, um subúrbio de Brisbane. Mas estava também a transacção na Ticketek, a central de compras de bilhetes para espectáculos, e as recordações que o concerto dos Placebo me trouxe nessa mesma noite.
Estava a compra e a respectiva devolução no Koala Resort, em Noosa, o único sítio onde decidi não ficar depois de ver o quarto, e as duas noites no Noosa Backpackers, onde depois acabei por dormir.
Estava a Lady Musgrave, a ilha da zona sul da barreira de coral onde fiz dois mergulhos, e a viagem de duas horas e meia com ondas de dois metros a baterem no casco, onde acabei por "deixar" o pequeno almoço e o jantar do dia anterior.
Estava o Motel Formule 1, um conceito muito interessante onde se faz check-in automático, onde cheguei já perto da 1:00 da manhã depois de ter viajado mais de 4 horas desde Bundaberg, onde o barco me deixou.
E estava o Islander Nomad Backpackers, onde aterrei vestido no que restou de uma noite de álcool e loucura fabricada em Surfers Paradise.
Estava a lojinha Aboriginal Opal Arts, em Byron Bay, onde comprei e aprendi a tocar o didjeridoo que despachei para Portugal por DHL.
E estava a Hertz Australia, pelo Toyota Corola 1.8 VTi, mudanças automáticas, que me deram por já não haver o carrinho utilitário que eu tinha reservado pela Internet, ainda em Raglan, enquanto conversava no Messenger com o João.
A última transacção era, por azar, da Singapura Telecommunica, pela chamada que tentei fazer do aeroporto, ainda sem saber a figura de estúpido que ia fazer quando chegasse a Portugal.
Mas bolas, foi uma viagem do outro mundo! Nunca deixem que eu me esqueça disso."
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Felicità by Al Mano e Romina Power
Felicita e tenersi per mano
andare lontano la felicita.
E il tuo squardo innocente
in mezzo alla gente la felicita.
E restare vicini come bambini
la felicita, felicita.
Felicita e un cuscino di piume
l'acqua del fiume che passa e va.
E' la pioggia che scende
dietro le tende la felicita.
E abbassare la luce per fare pace
la felicita, felicita.
Felicita e un bicchiere di vino
con un panino la felicita.
E lasciarti un biglietto dentro al cassetto la felicita
E cantare a due voci
quanto mi piaci la felicita, felicita.
Senti nell'ario c'e gia
la nostra canzone d'amore che va.
Come un pensiero che sa di felicita.
Senti nell'aria c'e gia
un raggio di sole piu caldo che va
come un sorriso che sa di felicita.
Felicitae una sera a sorpresa
la luce accesa e la radio che va
e'un biglietto d'auguri pieno di cuori la felicita.
E una telefonata non aspettata
la felicita, felicita.
Felicita e uns spiaggia di notte
l'onda che batte la felicita.
E una mano sul cuore piena d'amore la felicita.
E aspettare l'aurora per fario ancory
la felicita, felicita.
Senti nell'ario c'e gia . . .
Felicita
sábado, 29 de agosto de 2009
Mário-Henrique Leiria
A única arrelia que tive com ela foi quando um dia, sem querer, pam, acertei em cheio na tia Albertina.
Para castigo não me deixaram ir ao enterro."
"Estendeu os braços carinhosamente e avançou, de mãos abertas e cheias de ternura.
- És tu Ernesto, meu amor?
Não era. Era o Bernardo.
Isso não os impediu de terem muitos meninos e não serem felizes.
É o que faz a miopia."
"Telefonaram-lhe para casa e perguntaram-lhe se estava em casa.
Foi então que deu pelo facto. Realmente tinha morrido havia já dezassete dias.
Por vezes as perguntas estúpidas são de extrema utilidade."
domingo, 9 de agosto de 2009
José Gomes Ferreira
e não esta procura constante de existires
na lógica de um sonho
com musgo de arco-íris.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Bom português em sites desportivos
segunda-feira, 29 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
"All The Ways Your Laziness Is Costing You" in Forbes
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Os carros usados dos nossos filhos/netos ?
Aqui fica uma pequena selecção de 10 'carros do futuro', tal como o titulo do video seguinte indica...
Daqui a uns anos estes carros serão lançados no mercado, e os mais afurtunados poderão vir a ter o prazer de se passearem dentro destas 'meravigliosas creaturas' (tá bem escrito diogo?) lol...
Mas o mais engraçado de tudo é pensar que os nossos filhos e netos vão usar estes carros usados a preço de chuva... (ou não?) Se assim for, em que tipo de carros andaremos nós?!...
Ah, não há nenhum Alfa Romeo aqui... mas dêm uma olhada no BMW Z10 (3ºCarro) e no Mercedes SLA (7ºCarro)... são os meus favoritos! :P
O meu primeiro post!
Devo avisar para já que a grande maioria dos meus posts irá se debruçar sobre questões muito importantes acerca do nosso bem-estar, e para que este seja sempre mantido. Para que isso aconteça apenas colocarei posts com filmes "parolos" e outros.
O primeiro é uma das coisas que podemos pensar em fazer em casa do Diogo. Uma sugestão.
domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Se te queres matar - Álvaro de Campos
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por actores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fim?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células nocturnamente conscientes
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo..."
Caso alguém se encontre particularmente paciente.
terça-feira, 16 de junho de 2009
I Started a Joke
Nota: a original é dos Bee Gees
domingo, 14 de junho de 2009
Lisboa vista do outro lado do Atlântico
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Fuga ao embrutecimento
- Vamos andando
sobretudo quando estou sentado
- Como estás?
é uma bela questão. Normalmente respondo
- Sei lá
porque não gosto de mentir. E sei lá de facto. Umas vezes estou redondo, outras quadrado, outras cheio de picos, outras liquefeito, outras não estou sequer: deslizo por aí armado em nuvem.
- Como estás?
e é impossível responder
- Deslizo por aí armado em nuvem
de modo que me calo ou resmungo sons desconexos. Não sou de todo mau em sons desconexos, tenho anos de treino. Escrevo isto e sinto as almôndegas a conversarem comigo: despenharam-se-me na barriga feitas pedregulhos, rebolam cá por dentro num fundo de puré, meio dissolvido pelo vinho branco: é o que acontece a quem se mete com minipratos. Devia ter pedido bicos de rouxinol. Ou ter acertado no dia do almoço com os meus camaradas de guerra a lembrar os maus velhos tempos
- Sai uma de bicos de rouxinol para a mesa doze
e a cozinheira lá dentro a prepará-los.
Se me interrogarem
- Como estás?
explico que não estou redondo nem quadrado. Neste momento acho-me mais uma espécie de losango.
- Estou losango
quem interroga a olhar para mim sem entender:
- Losango?
e eu
- Sim, losango, nunca te sentiste losango?
Nunca se devem ter sentido losangos. Há alturas em que me acontece pensar que as pessoas são esquisitas mas deve ser problema meu. Aposto o que quiserem que é problema meu."
Gosto de poesia, de prosa com laivos de poesia, de psicologia como forma de descorrer motivos, de sentimentalismos sem lamechices (apesar de ainda estar para descobrir onde se separam ao certo).
Hoje quero ler mas vou beber, gosto de beber, especialmente com determinadas pessoas, pessoas com quem me divido entre conversas sérias (pseudo?) ou conversas parvas, beber sem uma pessoa assim é beber sozinho sem ficar com ar de alcoólico, porque é que isso me haveria de interessar?
Não gosto de regras que não as minhas, de principios que não os meus nem de boa educação quando se lê hipocrisia.
Gosto da confiança na certeza de quem nada sabe e da verdade que não me é indiferente.
"Não digas nada, dá-me só a mão. Palavra de honra que não é preciso dizer nada, a mão chega. Parece-te estranho que a mão chegue, não é, mas chega. Quantos são hoje? Nunca sei às que ando, confundo tudo, perco-me sempre, os dias, as horas, às vezes cumprimento pessoas que não conheço, há uma semana ou isso entrei num antiquário, sentei-me a uma mesa D. João V e quando a senhora da loja veio, de uns armários franceses ou lá o que era, pedi-lhe que me servisse um uísque. Uma senhora com mais pulseiras que tu e anéis caros, de maquilhagem a lutar com a idade e a perder. Ficou a olhar para mim de cara ao lado. Depois perguntou-me se eu estava bêbado e depois começou a medir a distância entre ela e a porta a fim de chamar por socorro. Numa das paredes paisagens emolduradas a talha, o retrato de uma viscondessa decotada, estampas de cavalos com legendas em francês. A viscondessa usava um anel no indicador rechonchudo e tinha cara de jantar bicos de rouxinol todos os dias, servindo-se dos talheres como se cada dedo fosse um mindinho, desses que a gente enrola para beber o café. A minha irmã, pelo menos, enrola. Eu sou mais para o género de o esticar, tipo antena. Educações. Tu não enrolas nem esticas, deixas a mão inerte na minha. Não te apetece apertar-me, não tens vontade de ser terna? Gostava que ma apertasses três vezes, depois eu apertava três vezes, depois tu apertavas quatro vezes, depois eu apertava-te quatro vezes e ficávamos que tempos assim, num morse de namorados. Fantasias. Desejos. Se calhar sou uma pessoa carente. Se calhar nem sequer sou carente, sou só parvo. Segundo a minha irmã sou só parvo. A propósito de tudo e de nada
- És tão parvo
e eu, mudo, a dar-lhe razão no fundo de mim(...)" Completa
quinta-feira, 11 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Road to Mandalay
domingo, 7 de junho de 2009
Home
Zeitgeist
Silvio Berlusconi
Aqui figuram as fotos tiradas numa propriedade na Sardenha de Berlusconi...bem explícitas.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
OS SINAIS DE QUE JÁ NÃO ESTÁS NA FACULDADE:
2. Há mais comida do que cerveja no frigorífico;
3. 6:00 da manhã é a hora a que acordas, e não a hora a que vais dormir;
4. Ouves a tua música preferida num elevador;
5. Andas c/ guarda-chuva e dás a maior importância à previsão do tempo;
6. Os teus amigos casam-se e divorciam-se em vez de andarem e acabarem;
7. As tuas férias passam de 130 para 26 dias por ano;
8. Calças de ganga e sweet não são consideradas roupa;
9. Chamas a polícia porque o jovem vizinho não sabe como baixar o som;
10. Deixas de saber a que horas os snack-bars fecham;
11. Dormir no sofá dá-te uma puta de dor nas costas;
12. Nunca mais dormiste do meio-dia às 6h da tarde durante a semana;
13. Vais a farmácia comprar um remédio para a dor de cabeça e antiácidos em vez de preservativos e testes de gravidez;
14. Tomas o pequeno-almoço à hora própria;
15. Mais de 90% do tempo que passas em frente ao computador estás a trabalhar;
16. Não bebes sozinho em casa, antes de sair, para economizar dinheiro p/anoitada;
17. E o mais importante... Não tens tempo sequer de ler este e-mail e aproveitar para passá-lo aos teus velhos amigos, para que eles se lembrem que também estão velhos e os bons tempos da faculdade já eram...
O TEMPO PASSA DEPRESSA DEMAIS!!!
Saudações colegas universitários
COISAS QUE DEVES SABER ANTES DE ENTRAR NA FACULDADE
2. Vais mudar completamente e nem vais notar;
3. Podes amar várias pessoas de maneiras diferentes;
4. Estudantes Universitários também mandam aviões de papel durante as aulas;
5. Só vais conhecer alguns dos professores no dia do exame;
6. Cada relógio do prédio tem uma hora diferente;
7. Se eras inteligente no secundário... a inteligência deve ter ficado por lá;
8. Não importa tudo o que prometeste quando passaste no exame, vais às festas da faculdade, mesmo que sejam na noite anterior à prova final;
9. Podes saber a matéria toda e a prova correr-te mal;
10. Podes não saber nada da matéria e tirar dez;
11. A tua casa é o ultimo lugar para visitar;
12. A maior parte do conhecimento que adquires é fora das aulas;
13. Se nunca bebeste, vais beber;
14. Se nunca fumaste, vais fumar;
;15. Se nunca fodeste, vais foder';
16. Se não fizeres nada disto durante a faculdade, não o farás nunca mais na vida, a não ser que andes de novo na faculdade;
17. Vais tornar-te numa daquelas pessoas que os teus pais te dizem para não conhecer;
18. Psicologia é na verdade Biologia;
19. Biologia é na verdade Química;
20. Química é na verdade Física;
21. Física é na verdade Matemática;
22. Matemática continua a ser uma merda;
23. Ou seja: mesmo depois d'anos de estudo, não vais saber nada e vais acabar o curso a pensar que não estás preparado;
24. Vais descobrir que depressão, solidão e tristeza não são coisas de quem não tem nada para fazer;
25. Vais prometer sempre que no próximo semestre estudas mais, prestas mais atenção às aulas e vais a menos festas, mas vai acontecer sempre o contrário;
26. Ter um zero é normal;
27. As únicas coisas que compensam na faculdade são os amigos que vais fazer;
28. Não verás a hora de terminar a faculdade;
29. E quando acabar, perceberás que foi a melhor época da tua vida
Pessoas Vulgares
"Há pessoas de quem é difícil dizer alguma coisa que as apresente definitivamente e na íntegra, no seu aspecto mais típico e característico; são as pessoas comummente chamadas «normais», ou a «maioria», e que constituem, de facto, a enorme maioria de qualquer sociedade. Os escritores, nos seus romances e contos, tentaram na maior parte dos casos recorrer aos tipos sociais e apresentá-los em imagens e moldes característicos – tipos esses que na realidade raramente se encontram no seu estado puro, mas que, apesar disso, quase parecem mais reais do que a própria realidade. (...)
Mesmo assim, ainda continua erguida diante de nós a questão: o que deve o romancista fazer com a gente vulgar, com as pessoas perfeitamente «normais», e como pode apresentá-las ao leitor de maneira a que tais pessoas se tornem, pelo menos, um pouquinho interessantes? Passar-lhes ao lado, na narração, é de todo impossível, porque as pessoas vulgares são, a cada momento e na maioria dos casos, um elo necessário na cadeia dos acontecimentos quotidianos; portanto, ao contorná-las, estaríamos a violar a verosimilhança. Preencher os romances apenas com figuras típicas ou até, em prol do factor interesse, simplesmente com pessoas esquisitas e fantásticas, seria inverosímil e, talvez, nada interessante. A nosso ver, o escritor deve tentar encontrar traços interessantes e didácticos mesmo entre a gente vulgar. Ora, quando a própria essência de algumas personagens vulgares consiste precisamente na sua vulgaridade permanente e imutável, ou, o que já é melhor, quando, apesar dos extraordinários esforços destas personagens no sentido de saírem a todo o custo da linha da vulgaridade e rotina, acabam por ficar imutável e permanentemente na mesma rotina, então estas personagens ganham, no seu género, uma certa tipificação – a tipificação da vulgaridade que de modo nenhum aceita ficar tal como é e, custe o que custar, deseja tornar-se original e independente, sem, no entanto, possuir os meios mínimos necessários para a independência."
Excerto d'O Idiota encurtado por falta de paciência e tempo para passar a computadorsegunda-feira, 1 de junho de 2009
Jantar?
domingo, 31 de maio de 2009
Crepúsculo Dos Ídolos ou Como Filosofar Com Um Martelo
Qual deles é? Será o homem o único erro de Deus ou Deus o único erro do homem?
Não sejamos cobardes face Às nossas acções! Não as deixemos posteriormente ao abandono! Remorsos na consciência são indecentes!
Os homens póstumos - tal como eu, por exemplo - não são tão bem compreendidos quanto os homens do seu tempo, mas são mais bem escutados. Mais precisamente, nunca somos compreendidos e daí a nossa autoridade...
O quê? haveis escolhido virtude e uma pesada tarefa, porém, em simultâneo, olhais com inveja para as vantagens usufruídas por aqueles que vivem ao sabor de cada momento? Mas com a virtude renuncia-se à vantagem...
O desprezo protege um indivíduo até de uma gripe.
Desconfio de todos os sistematizadores e evito-os. O desejo de um sistema constitui falta de integridade."
Friedrich Nietzsche
À atenção do Bilé, como uma prenda.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Mais um tributo ao Bilé
Grande esperança do ténis Nacional!
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Lobo Antunes
"(...) e a lembrança do frasco de perfume esquecido a aumentar, de chinelos conjugais no corredor, de outra escova de dentes no copo, e de repente uma vozinha de pavio de círio
- Você sabe o que é ter saudades de uma escova de dentes, amigo?
Por acaso sei, enfim julgo que sei mas calo-me. Uma escova de dentes cor de rosa, com pêlos brancos um bocadinho desgrenhados, uma escova de dentes linda a iluminar-me uma zona escondida da alma. Procuro trocos na algibeira, peço
- Dê-me aí um calicezito de bagaço
que não me importa que o meu fígado se torne uma esponja esburacada. A gente tem de morrer de qualquer coisa, não é?"
Caso a queiram ler toda--> Aqui
quinta-feira, 14 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Sugestão de coreografia
quarta-feira, 6 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
Arraial de Santana 09
"The belgium sheperd is not for everybody"
sexta-feira, 1 de maio de 2009
XVI Olimpíadas
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Sunglass Meeting
terça-feira, 14 de abril de 2009
Ouço dizer a verdade/ e sorrio indiferente.../ A Verdade!
"deus tem que ser substituído rapidamente por poe-
mas, sílabas sibilantes, lâmpadas acesas, corpos palpáveis,
vivos e limpos.
a dor de todas as ruas vazias.
sinto-me capaz de caminhar na língua aguçada deste
silêncio. e na sua simplicidade, na sua clareza, no seu abismo.
sinto-me capaz de acabar com esse vácuo, e de acabar comigo mesmo.
a dor de todas as ruas vazias.
mas gosto da noite e do riso de cinzas. gosto do
deserto, e do acaso da vida. gosto dos enganos, da sorte e
dos encontros inesperados.
pernoito quase sempre no lado sagrado do meu coração, ou onde o medo tem a precariedade doutro corpo.(...)"
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Dog Murras: Angola Bwé de Caras
Angola dos kota bué que tem que fazem
E que tudo podem
Angola dos inocentes, que na calçada morrem de fome
Angola que p´ro angolano é rica, é boa e maravilhosa
Angola que p´ro angolano é só desgraça ou vir da caixa
Angola tu banga kiebe, casas de praia, carros de luxo
Angola sukula zuata, estradas é buraco e casas sem tecto
Angola que tem de tudo, que estende à mão e ajuda os outros
Angola que não tem nada, está desgraçada e bwé rebentada
Boa angola p´ro chinês, boa angola p´ro português, boa angola p´ro libanês humm… humm p´ro angolano
Boa angola p´ro senegalês, boa angola p´ro inglês, boa angola p´ro francês humm… humm p´ro angolano
É minha angola
É tua angola
É minha angola
É nossa angola (bis)
Angola do petróleo, do diamante e muita madeira
Angola do paludismo, febre tifóide e muita diarreia
Angola dos talé bosses comem sozinho e muita ambição
Angola que é da gasosa, corrupção tapa visão
Angola dos herdeiros que não fazem nada e tem bwé de massa
Angola do kota honesto, que bumba bwé e não vê nada
Angola das fezadas, bwé de emprego para as mesmais pessoas
Angola da frustração, é só beber, roubar e matar
Boa angola p´ro americano, boa angola p´ro indiano, boa angola p´ro maliano humcu..humcu p´ro angolano
Boa angola p´ro brasileiro, boa angola p´ro nigeriano, boa angola p´ro marroquino, humm… humm pro angolano
É preciso acreditar, é preciso não vacilar,
É preciso, sim, trabalhar, para Angola, sim melhorar (bis)
Esperança, orgulho!
Angola do crescimento, do investimento é só sucesso
Angola que está no gesso, sem água e luz, só retrocesso
Angola dos arrogantes, narizes em cima tipo não caga
Angola cheio de poeira, bwé de lixeira até dá vergonha
Angola dos condomínios, engarrafamentos e dores de cabeça
Angola que quando chove quem não sofra baixa
Angola do bajulador engraxador e sorriso podre
Angola dos aeroportos, revista o mano, revista o pobre
É minha angola
É tua angola
É minha angola
É nossa angola (bis)
É preciso acreditar, é preciso não vacilar,
É preciso, sim, trabalhar, para Angola, sim melhorar (bis)
Esperança, orgulho!
Angola dos anseios do crescimento de uma nação
Angola do bloqueio do impedimento da geração
Angola dos corajosos, dos empreendedores e mente aberta
Angola dos invejosos, detractores visão limitada
Angola das revistas, muitos sorrisos, lindos cenários
Angola ecos e factos, muitos choros tudo ao contrário
Angola do rico é rico, bwé de conceito com preconceito
Angola do pobre é pobre, que nasce pobre e morre pobre
É minha angola
É tua angola
É minha angola
É nossa angola (bis)
sábado, 4 de abril de 2009
sábado, 21 de março de 2009
Cinema Italiano - 02 a 09 de Abril
sexta-feira, 20 de março de 2009
Um Outro Che
Che
quinta-feira, 19 de março de 2009
Proposta cultural
Venho por este meio convidar os meus caros amigos a virem comigo ver o Pedro Tochas no Trindade. Ainda nunca vi um espectáculo dele, mas pelo que me contam tem imensa piada e vale verdadeiramente a pena..
Dias 8 e 9 de Maio no Teatro da Trindade. Marquem já nas vossas agendas.
Fica aqui um resumé do espectáculo que ele vai apresentar:
lado B - stand-up comedy
Um espectáculo deste género de comédia onde, de pé, um artista fala com a intenção específica de fazer rir. Mas este é apenas o ponto de partida, já que Pedro Tochas dá uma piscadela de olho a outros géneros de comédia, fazendo do improviso e da interacção com o público uma constante. Tudo com o objectivo de por a nu os comportamentos e reacções que temos em sociedade e perante o mundo que nos rodeia.O amor, o sexo, a dicotomia homem/mulher são temas que estão de volta nesta bem disposta e irreverente visão do mundo.Mas, desta vez, a sua vida académica, as suas vivências como artista de rua, e as experiências em vários anos de digressão, vão também estar na mira da análise desconcertante de Pedro Tochas.Este vai ser o "lado B" de Pedro Tochas, no seu espectáculo mais pessoal e autobiográfico.Interdito a pessoas sem sentido de humor!
Espectáculo para maiores de 16 anos
segunda-feira, 16 de março de 2009
Índia
Deixo-vos aqui um vídeo do hino nacional da Índia para vos motivar a abraçar este destino no mês de Agosto.. Bora lá pessoal... pode bem ser a viagem das nossas vidas! 1 euro são por volta de 57 rupias: lá podemos ser reis.. visitar o taj mahal, goa, damão e diu, andar naqueles comboios apinhados de gente e com cheirinho a caril, nadar no ganges....isso sim é viver!